Desde a morte do ex-deputado federal Caio Narcio, em 2020, a região do Triângulo Sul mineiro vive sem representação própria em Brasília. Essa lacuna, segundo lideranças locais, tem gerado a sensação de abandono e falta de voz nos debates nacionais. Quem pretende ocupar esse espaço é o advogado e articulador político Caio Heitor Duarte, que vem construindo bases de apoio em diversas cidades da região com vistas a uma candidatura à Câmara dos Deputados.
Em entrevista, Caio Heitor destacou que sua iniciativa surge justamente da ausência de um nome que represente de forma efetiva os interesses regionais no Congresso.
“Nós estamos andando muito pela região, diariamente, conversando com as pessoas e compreendendo, de forma clara, o vazio de representação que temos vivido. Se houvesse algum deputado federal trabalhando firmemente e mostrando resultados, essa pré-candidatura não existiria. Só existe porque a região ficou carente, esquecida desde a morte do Caio Narcio”, afirmou.

O pré-candidato criticou a situação atual, em que, segundo ele, cidades como Frutal e municípios vizinhos se contentam com “migalhas de Brasília”. Para Caio Heitor, é necessário recuperar a consciência de que a eleição de um deputado não pode se restringir a uma cidade isolada, mas deve englobar toda a região.
“Deputado não é de cidade, deputado é de região. Frutal sozinha não elege ninguém. Quem se coloca como pré-candidato precisa mostrar quantos votos consegue fora de Frutal, para que a cidade possa complementar a votação”, ressaltou.
Caio também fez um apelo para evitar o que chama de “aventuras políticas” que possam fragmentar votos e enfraquecer a possibilidade de retorno da representatividade regional no Congresso.
Segundo ele, além do diálogo com prefeitos, vereadores e lideranças políticas, o foco de sua pré-candidatura está voltado principalmente para a escuta da população.
“Estamos conversando com as lideranças, sim, mas mais do que isso, estamos conversando com o povo. Esse é o grande foco da nossa pré-candidatura: ouvir, dialogar e mostrar que precisamos ter responsabilidade. Com humildade e de braços dados, podemos voltar a ter voz em Brasília”, concluiu.